quarta-feira, 24 de março de 2010

A Liberdade da Mulher


Queimada Viva!

"Souad tinha dezassete anos e estava apaixonada. Na sua aldeia da Cisjordânia, como em tantas outras, o amor antes do casamento era sinónimo de morte.Tendo ficado grávida, um cunhado é encarregado de executar a sentença: regá-la com gasolina e chegar-lhe fogo. Terrivelmente queimada, Souad sobrevive por milagre. No hospital, para onde a levam e onde se recusam a tratá-la, a própria mãe tenta assassiná-la.Hoje, muitos anos depois, Souad decide falar em nome das mulheres que, por motivos idênticos aos seus, ainda arriscam a vida. Para o fazer, para contar ao mundo a barbaridade desta prática, ela corre diariamente sérios perigos, uma vez que o «atentado» à honra da sua família é um «crime» que ainda não prescreveu.Um testemunho comovente e aterrador, mas também um apelo contra o silêncio que cobre o sofrimento e a morte de milhares de mulheres."

Este post é longo, mas por favor leiam até ao fim... ou então, leiam este livro.

Li este livro, arrepiante devo dizê-lo, que conta a história de uma jovem rapariga, igual a tantas outras, da Cisjordânia (e não só). Não tenho muitas palavras, para descrevê-lo, mas aqui deixo uma passagem dele e convido-vos a entrar num mundo desconhecido e arrepiante.

"A lei dos homens era assim naquela aldeia. As raparigas e as mulheres eram com certeza espancadas todos os dias nas outras casas. Ouvíamos gritos aqui e ali, por isso era normal ser espancada… não havia outra forma de vida.O meu pai era o rei, o senhor todo-poderoso, aquele que possui, que decide, que bate e nos tortura… as suas mulheres fechadas, a quem trata pior que ao gado…na minha aldeia nascer rapariga é maldição…"
Por: Patrícia Santos

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